Como está nossa relação com o trabalho?
Ao sermos surpreendidos com a pandemia em 2020, resiliência, superação, perdas de amigos e familiares foram algumas das dificuldades enfrentadas, as companhias também sofreram grande impacto e tiveram que se movimentar para que parte de seus colaboradores conseguissem manter suas rotinas de trabalho sem precisar sair de casa, o tão famoso Home Office.

Em 2024 muitas empresas já anunciaram o retorno ao trabalho presencial, nem que seja por duas a três vezes por semana. Até mesmos algumas big techs, que foram as mais rápidas a se adaptarem ao trabalho remoto, querem o presencial de volta. No entanto, essa volta deve enfrentar alguma resistência, na opinião de especialistas.
De acordo com um estudo da FIA (Fundação Instituto de Administração), o modelo Home Office foi adotado por 46% das empresas nacionais entrevistadas, e 34% delas têm a intenção de dar continuidade a esse tipo de atuação.

“A gestão das empresas precisa avaliar [as novas modalidades de trabalho] antes de simplesmente dizer que vai voltar tudo como era antes”. Ao optar por voltar 100%, a empresa pode colocar em risco também a qualidade do seu quadro de funcionários, tendo de buscar pessoas que topam o presencial, diz Maria Eduarda”, headhunter da consultoria de recrutamento Bold HRO.
Em alguns ramos de atividade houve grande crescimento de rendimento, as companhias que permitem o trabalho remoto registraram um crescimento de receita quatro vezes mais rápido (21% entre 2020 e 2022) do que as que adotam o modelo presencial (tiveram crescimento de 5%). Por outro lado, temos também empresas que estão definhando pelo mesmo motivo, a adoção do Home Office definitivamente não é para todos os seguimentos, um bom exemplo disso é a gigante do mercado esportivo a NIKE.
Durante dois anos e meio os funcionários da Nike trabalharam Home Office, falta de inovação, poucas trocas e interações e quase nenhum pertencimento, parece que agora a conta está chegando. Segundo seu próprio CEO John Donahoe: “é realente difícil desenvolver um calçado inovador pelo ZOOM.’ A Nike já acumula US$ 137,4 bilhões em perdas de valor de mercado, além de perder espaço para a concorrência.

Seria o Home Office vilão ou mocinho nessa história toda? O modelo híbrido chegou para agradar empresas e colaboradores?
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Rogério Parente
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