Empresas investem no setor para reter talentos nas corporações
Que os animais fazem parte do dia a dia de muita gente não é nenhuma novidade, mas, a cada dia que passa, a companhia animal vem substituindo a humana em muitos lares.
A prioridade na carreira profissional, a conquista de bens materiais, o descrédito nas relações interpessoais, entre tantos outros comportamentos da sociedade atual, fazem com que muitos prefiram não se casar e/ou não constituir uma família tradicional, optando por serem pais de pets.
Seguindo essa tendência, é cada vez mais comum as pessoas criarem seus animais de estimação como “filhos”, e o mercado não vai perder essa oportunidade. De acordo com o IBGE, 47,9 milhões de lares brasileiros possuem pelo menos um cachorro, e 25,7 milhões possuem pelo menos um gato.

Para atender a demanda crescente neste setor vem surgindo mais e mais lojas, produtos e serviços voltados ao mundo pet. O mercado pet no Brasil movimentou cerca de R$ 40,1 bilhões em 2023, e a expectativa é de que esse valor continue crescendo nos próximos anos. A cada 10 brasileiros, 7 possuem um animal de estimação. Este dado ilustra o enorme potencial do segmento pet no Brasil.
Muitas empresas já vêm adotando benefícios aos seus funcionários, como planos de saúde animal, licença “PETernidade” e outros voltados ao bem-estar dos pets. Esses “mimos” a mais têm sido considerados uma importante fonte de retenção de talentos em empresas como Nestlé, P&G, Stefanini, Gerdau e Magalu. Por exemplo, a Nestlé oferece plano de saúde para pets de seus funcionários, e a Magalu permite que os empregados levem seus pets para o trabalho em determinadas ocasiões.

A volta ao trabalho presencial com a melhora no cenário pandêmico criou uma situação inusitada após cerca de dois anos de trabalho em casa. A solidão dos bichinhos de estimação. Até porque, muitas pessoas aderiram aos pets durante o isolamento social, portanto, muitos deles estavam habituados à convivência com seus tutores.

Uma das consequências de mais pets nos lares brasileiros, é a necessidade por Clínicas e médicos veterinários para atender toda essa demanda. No entanto, a busca por profissionais qualificados e clínicas dentro de todas as normas é essencial. O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) aponta que existem cerca de 160 mil veterinários no Brasil, mas esse número precisará crescer para acompanhar a demanda por serviços específicos voltados para os animais.
O poder público tem um papel fundamental: seja na criação e manutenção de órgãos reguladores para controlar as clínicas e os planos de saúde, seja no controle populacional dos animais que vivem na rua. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que existem cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Precisamos estar atentos a todas essas mudanças e fazer a nossa parte como cidadãos conscientes.
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