O início de 2025 trouxe consigo uma realidade indigesta para muitas famílias brasileiras. O tradicional espírito de renovação da virada do ano foi rapidamente substituído pela preocupação com o impacto econômico no orçamento doméstico. Além da alta do dólar, que influencia diretamente nos preços de diversos produtos e serviços, a escalada de aumentos em tarifas, impostos e custos básicos tem gerado um cenário de insatisfação generalizada.
Em Campos, a concessionária Águas do Paraíba já anunciou reajustes nas tarifas de água e esgoto. O aumento, previsto para vigorar nos primeiros meses do ano, pode ultrapassar 10%, pressionando ainda mais as contas das famílias.
Além disso, o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) sofreu um acréscimo significativo, para muitas famílias, que já enfrentam dificuldades financeiras, esses aumentos representam um peso difícil de suportar.
No âmbito estadual, o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) também veio mais caro. Com base na tabela Fipe, os valores dos veículos usados apresentaram alta média de 9%, impactando diretamente o imposto. O aumento nos combustíveis ao longo de 2024 também contribuiu para a elevação dos custos de transporte, tornando o início de 2025 ainda mais desafiador para quem depende de veículos particulares.

A nível nacional, a alta do dólar, que fechou 2024 próximo a R$ 6,30, reflete nos preços de produtos importados, como eletrônicos e materiais escolares. Estes últimos, essenciais nesta época do ano, registraram aumentos de até 15% em relação ao ano anterior.
O Peso no Bolso: Exemplo Prático
Para uma família média em Campos, que possui um carro popular, filhos em idade escolar e um imóvel próprio, o cenário é alarmante:
• IPVA: Reajuste médio de R$ 350 por veículo.
• IPTU: Aumento de R$ 200 a R$ 500, dependendo da localização do imóvel.
• Materiais escolares: Alta de cerca de R$ 200 no custo médio de uma lista de materiais para o ensino fundamental.
• Água e esgoto: Acréscimo médio de R$ 50 na conta mensal.
O aumento dos custos é reflexo de uma inflação persistente e de políticas de reajuste aplicadas em diferentes esferas do governo e do setor privado. Para muitas famílias, a virada do ano veio acompanhada de um sentimento de incerteza e a necessidade de reorganizar as finanças para conseguir arcar com as despesas.
Enquanto isso, especialistas sugerem cautela nos gastos e priorização de necessidades básicas, além de buscar alternativas para economizar, como reaproveitar materiais escolares do ano anterior e renegociar dívidas.
A indigestão da virada do ano serve como um alerta para a importância de políticas públicas que contemplem o equilíbrio entre arrecadação e o bem-estar das famílias. Afinal, a esperança de um ano novo melhor não pode ser sufocada por reajustes desproporcionais e uma carga tributária crescente.
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