Um jogo de perde e ganha no campo de batalha do varejo farmacêutico de Campos
Quem anda pela área central da cidade com certeza se pergunta: para que tantas farmácias? A cada esquina tem uma? Não! A cada quarteirão tem duas ou três. A disputa está acirrada. Mas será que isso tem benefício real para o consumidor?
Nos últimos anos, houve uma invasão das grandes redes de farmácias na cidade. Qual a importância desse fenômeno?
Se olharmos pelo ângulo positivo, isso significa que a cidade está crescendo ou tem uma perspectiva de crescimento a curto e\ou médio prazo. Grandes marcas realizam pesquisas minuciosas antes de investirem. Além disso, a presença dessas redes pode indicar uma melhoria na infraestrutura e nos serviços urbanos, atraindo mais consumidores e outros negócios para a região.

O crescimento desse segmento do varejo fomenta a geração de empregos, pode melhorar a questão dos preços dos medicamentos, e de certa forma movimenta o mercado imobiliário, aumentando a arrecadação de impostos municipais.
A livre concorrência também pode resultar em melhor qualidade no atendimento e maior variedade de produtos e serviços oferecidos aos consumidores, como programas de fidelidade, aplicativos com descontos, serviços de entrega e atendimento farmacêutico especializado.

Por outro lado, as farmácias de bairro e redes locais que dominaram por muitos anos o mercado campista estão desaparecendo, um fenômeno que tem marcado as atividades comerciais nas médias e grandes cidades. Hoje, para sobreviver, os empresários de farmácias menores, em sua grande maioria, têm que ser também os farmacêuticos para tentar equilibrar as contas.

Nas regiões em que há maior concentração populacional estão presentes maior número de farmácias e drogarias e por ali também mais promoções. Já em setores mais afastados, os estabelecimentos de bairro predominam. É natural esse movimento e a pulverização das redes, mas as pequenas têm seu mercado e o cliente é fiel. Por esse atendimento personalizado é que as farmácias de bairro vão sobreviver por um bom tempo. Ganham pela atenção, porque vendem fiado, se unem e conseguem preço melhor quando compram juntas, o que aumenta a competitividade.
Ou seja, diferente da luta entre Davi e Golias, a invasão das grandes redes de farmácias traz benefícios e desafios para cidade.
Bom dia, essa concorrência, por vezes “covarde” conseguiu, por outro lado, tirar o “ganha pão” de centenas de famílias. No caso, a Isalvo (Lima) explicitada na charge acima, já não mais faz parte dessa concorrência. Portanto, não deveria figurar aqui. Triste realidade de nossa cidade é ver o centro “morrendo” a cada dia, pois as grandes empresas estão investindo nos shoppings e criando “subempregos” cada vez mais.
Boa tarde, Lucinha!
Citamos a Isalvo Lima justamente por ter sido uma empresa de grande relevância no mercado campista e que sofreu os efeitos desse fenômeno com a chegada das grandes redes.
Agradecemos o seu comentário. Diferentes pontos de vista são ótimos para enriquecer o diálogo e nossas reflexões propostas neste blog.
Att.