“Enquanto uns choram, outros vendem lenços”. Essa frase conhecida e emblemática, demonstra a realidade do povo brasileiro e campista.
Durante e após a pandemia muitos se viram perdidos, sem saber o que fazer, como sustentar suas famílias? No entanto, a COVID 19 não foi a única doença que se alastrou pelo mundo, a saúde mental das pessoas ficou completamente comprometida. Estamos sentindo, ainda, os efeitos de uma crise econômica e de saúde pública.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2020 o Brasil teve a maior taxa média de desemprego dos últimos oito anos, com 13,5%. No entanto, apesar do cenário desfavorável, alguns profissionais driblaram a pandemia e deram uma guinada na carreira – trocaram de emprego, empreenderam, se apaixonaram pelo trabalho remoto e até aproveitaram novas vagas criadas justamente pela crise.
Na cidade de Campos temos exemplos de negócios que cresceram durante a pandemia e mesmo com a reabertura do comércio se mantém firme e crescente como a “Top Carnes Boutique”. O empresário Filipe Roque, já era representante de carnes, mas se viu em casa, sem poder oferecer seus produtos ao comércio como fazia antes. Foi aí que ele teve a ideia de vender por delivery. O negócio foi um sucesso e quando tudo voltou a abrir na cidade, ele montou sua própria loja física. São peças de carnes de altíssima qualidade, além de temperos, sais, molhos, acompanhamentos. Dessa forma, o Filipe ampliou os negócios e é um exemplo de como se reinventar em meio ao caos.


Por outro lado, alguns empresários “ressurgiram das cinzas”. Após se ver perdido, com seu estabelecimento lacrado, sem qualquer esperança de reabertura, Rodrigo Vilaça saiu de cena para tentar extravasar. Foi aí que pensou: nada melhor pra desestressar do que pescar! Cercado por água, natureza e peixes, Rodrigo resgatou suas memórias de infância de quando pescava com seu pai, reacendendo sua grande paixão.
“Fiquei sem expectativa, sem dinheiro e vendi um jet ski. Foi quando comprei um barco e voltei a pescar. Percebi que existia uma brecha no setor aqui na cidade de Campos e trabalhando de casa, investindo devagar, consegui abrir uma loja que hoje é o que mantém a mim e minha família. Virou um negócio prazeroso e lucrativo”, diz Rodrigo.

Segundo Rodrigo Vilaça, os amigos foram fundamentais neste recomeço. Reuniões para pescarias em grupo, excursões para a Amazônia e a paixão pela prática esportiva da pescaria fizeram a “RBFishing” ser o sucesso que é hoje. O empreendimento só cresce.



Saúde mental
Por outro lado, uma parte da população foi fortemente afetada no âmbito psicológico. Alguns se afundaram e outros conseguiram dar a volta por cima encontrando algo que lhes trouxessem bem estar, paz e prazer. Angélica Dias trabalhou 21 anos na área de saúde. Mas lá atrás, em um determinado momento da sua vida, o artesanato foi uma fonte de renda extra para família.
Contudo, em 2023 os sintomas de ansiedade se intensificaram associada a uma estafa mental. “Segundo Angélica, durante o tratamento médico e psicológico ela percebeu que a causa principal era a sobrecarga de trabalho e a auto cobrança exagerada”. Então, resolveu sair do trabalho de mais de duas décadas, estável, mas que a adoecia.

“Após alguns meses estava tomando café com uma amiga e tive o insight que precisava: por quê não usar minhas habilidades manuais para empreender? Uma fonte de renda e terapia ao mesmo tempo.
Foi assim que surgiu a “Amor e Ponto”, onde consigo utilizar o bordado livre para eternizar memórias.


É preciso força de vontade e inteligência emocional para saber se reerguer. Os brasileiros em sua maioria tem o sonho de empreender. Mas não é fácil. Na coluna de hoje você conheceu alguns exemplos de Campistas que deram a volta por cima e mostraram seu poder de superação.
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Muito boa a matéria,incentivadora e com uma visão otimista para criatividade e força de vontade!
Excelente matéria! Seguimos nos reinventando!
Obrigado, Igor! É isso aí! Desistir não é uma opção!
Obrigado,Igor! ☺️