
A série de entrevistas “Seu voto, sua Voz” com candidatos à prefeitura continua e desta vez temos o candidato Raphael Thuin. Esta iniciativa visa trazer aos eleitores propostas e visões de cada um dentro de um contexto econômico da cidade. É fundamental que o eleitor tenha acesso a informações detalhadas sobre como cada candidato planeja enfrentar questões econômicas que impactam diretamente a vida da população.
Durante essas entrevistas, serão feitas perguntas focadas em temas como geração de empregos, políticas de incentivo ao empreendedorismo, investimentos em infraestrutura e sustentabilidade fiscal. O objetivo é não apenas esclarecer as intenções dos candidatos, mas também fomentar um debate saudável sobre a importância de uma gestão pública que priorize o desenvolvimento econômico e o bem-estar da comunidade.
Campos dos Goytacazes está localizada entre duas capitais importantes do Brasil. Na sua visão, quais foram os principais obstáculos que impediram a criação de uma zona comercial robusta na cidade até hoje e como pretende criar uma ?
Acredito que faltou gestão e uma política de incentivos fiscais para tornar Campos dos Goytacazes mais atrativa. Trabalhar para reduzir a burocracia na liberação de licenças e alvarás, transformando o município num ambiente eficiente e rápido para a instalação das novas empresas. Em contrapartida, as empresas e indústrias devem assumir um compromisso de oferecer mais vagas para a população local. Não podemos ignorar a localização estratégica de Campos, onde temos o Aeroporto Bartolomeu Lisandro e as BR-101 e BR-356, que cortam a planície e são as principais vias para que os investidores cheguem ao Porto do Açu. Sem contar que com a chegadas destas empresas, o município aumentaria a arrecadação da receita e a geração de empregos.
Quais são as suas propostas para atrair novas empresas para Campos e estimular o desenvolvimento econômico local? Em quanto tempo podemos começar a ver resultados concretos?
Como prefeito, vamos criar uma Zona Especial de Negócios (ZEN) na divisa com São João da Barra, para atrair as empresas. Será uma medida imediata. Venho conversando com empresários do Porto do Açu, que já sinalizaram interesse em investir em Campos.
O Agronegócio também é outra ação imediata que vamos implantar, resgatando essa identidade agrícola do campista. Para isso, precisamos atrair o interesse dos pequenos e médios produtores, oferecendo apoio jurídico para a regularização fundiária de suas terras, permitindo que eles possam conseguir linhas de créditos e formar Cooperativas para atender às demandas do Agronegócio. O Agro e a Pecuária trabalham em cadeia, cada produtor poderá atuar numa área para atender e complementar a linha de produção.
Com a consolidação do Porto do Açu como um dos maiores complexos portuários do Brasil, por que Campos ainda não sentiu impactos significativos desse empreendimento? Como sua gestão pretende aproveitar essa oportunidade?
Infelizmente, ao longo das últimas quatro décadas, nossos governantes não se preocuparam em ampliar as oportunidades. Se concentraram apenas em receber as verbas dos Royalties, enchendo a máquina pública e focando no assistencialismo, sem se preocupar em gerar riquezas. Esqueceram que são recursos finitos e que um dia os poços de petróleo iriam secar. Fecharam os olhos para o desenvolvimento com a chegada do Porto do Açu.
Uma das primeiras medidas é oferecer isenções fiscais para atrair as empresas e indústrias, além de preparar Campos para viver além dos Royalties, aumentando a arrecadação tributária, com gerarão de emprego, dando oportunidades para nossos jovens que vão embora quando se formam. Se a cidade oferecer emprego, teremos uma sociedade mais justa e um município mais rico efetivamente.
Com as iniciativas que você planeja, acredita que a cidade pode se desvincular da dependência dos royalties do petróleo? Essas novas fontes de receita seriam suficientes para garantir o funcionamento eficiente da máquina pública?
Desde o início dos recursos dos Royalties, sabíamos que seria por um tempo determinado e, que esses recursos deveriam ser aplicados em projetos que gerassem autonomia para a população futura. Não podemos mudar a falta de responsabilidade dos nossos governantes. Mas, temos o compromisso de buscar o diálogo e firmar parcerias com o Porto do Açu para atrair empresas para Campos. Acredito também no Agronegócio como um dos grandes pilares para o desenvolvimento, considerando nossa extensão territorial, que chega a 4 mil km2 de área e é pouco utilizada na diversificação das culturas.
Quais são suas ideias para revitalizar a área central da cidade e resgatar o comércio local?
Acreditamos que com a geração de emprego e a circulação da moeda no município, o Comércio vai voltar a respirar. Apoiar a restauração dos imóveis na área central, levar algumas secretarias para o centro, transformando a área central numa região habitada pela população, como vem acontecendo no centro do Rio de Janeiro e São Paulo.Melhorar o sistema de transporte público, com a construção de um Terminal Urbano seguro e com infraestrutura para trazer a população para o centro. Investir no Turismo, tendo como grande atrativo o Rio Paraíba do Sul, onde seriam construídos ao redor restaurantes, bares e um centro náutico, criando um atrativo turístico.
Campos é uma cidade com grande potencial econômico, mas que convive com altos índices de pobreza. Quais medidas sua gestão tomará para reverter esse quadro e promover uma distribuição mais equitativa da riqueza na cidade?
Quero deixar claro que no meu governo os Projeto Sociais serão mantidos. Eles são de extrema importância, mas o sucesso deles só acontece quando a população mostra que depende menos dessas ações. Vamos dar mais dignidade a essas famílias, oferecendo cursos profissionalizantes para que eles possam ter liberdade e dignidade para conseguir um emprego formal. Campos dos Goytacazes tem atualmente mais de 260 mil pessoas recebendo benefícios, como o Bolsa Família, Cartão Goitacá, Vale gás, etc. O que equivale a mais de 50% da população. A cidade tem cerca de 500 mil habitantes.

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*Todas as respostas são publicadas na íntegra e de inteira responsabilidade dos candidatos*
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