O aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda tem sido pauta recorrente nos discursos do governo federal, especialmente como uma forma de aliviar o bolso da classe média e criar uma sensação de justiça tributária.
No entanto, a implementação dessa medida ainda parece estar distante, sendo usada, segundo muitos críticos, como uma ferramenta política para acalmar as demandas da população e manter esperanças no governo.
Quem se Beneficiará?
Hoje, a faixa de isenção do Imposto de Renda é limitada a quem recebe até R$ 2.112 por mês. A promessa do governo é aumentar esse valor para R$ 5.000 mensais, uma proposta que, se concretizada, poderia beneficiar cerca de 13 milhões de brasileiros, segundo dados da Receita Federal.
Para exemplificar , vamos fazer uma simulação:
• Quem ganha até R$ 5.000 deixaria de pagar cerca de R$ 651,73 mensais de imposto.
• Para uma renda anual de R$ 60.000, a economia seria de aproximadamente R$ 7.800 por ano, um alívio considerável para a classe média.
Mas quem pagará essa conta?
O impacto fiscal dessa medida é significativo. Estima-se que o aumento da faixa de isenção geraria uma perda de arrecadação de R$ 100 bilhões anuais. Para cobrir esse rombo, o governo precisaria buscar alternativas, como:
1. Aumento de impostos sobre outras faixas de renda: É provável que a conta recaia sobre os mais ricos, criando uma tributação mais progressiva.
2. Corte de gastos públicos: Medida impopular, mas necessária para equilibrar as contas.
3. Emissão de dívida pública: Aumentando a dependência de crédito, com possíveis impactos na inflação.
A promessa de isenção ampliada tem claros contornos políticos. É uma proposta atrativa que conquista a simpatia da classe média, mas sua efetiva implementação esbarra na falta de planejamento econômico e de espaço no orçamento público.

O que dizem os críticos:
• Uso político: A proposta é frequentemente reapresentada em momentos de pressão popular para desviar o foco de crises ou insatisfações.
• Incoerência fiscal: Enquanto promete aliviar a tributação para milhões, o governo não apresenta medidas concretas de compensação, levantando dúvidas sobre sua viabilidade.
• Falta de prioridade: Outras áreas críticas, como saúde, educação e infraestrutura, poderiam sofrer cortes para viabilizar o aumento da isenção.
O aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda é uma ideia atraente, mas sem ações concretas, permanece no campo das promessas políticas. Embora a classe média tenha muito a ganhar, a falta de clareza sobre quem arcará com os custos cria um cenário de incertezas.
O governo precisa mostrar que está no controle da situação, apresentando soluções reais e viáveis, ou correrá o risco de perder ainda mais a confiança da população.
E você, acredita que essa promessa sairá do papel? Ou será apenas mais uma jogada política para ganhar tempo? Deixe seu comentário aqui!
Estamos também no instagram. Para seguir basta clicar em : @rogerioparenteblog
Nenhum Comentário! Ser o primeiro.