Brasil, o país dos feriados! Como manter a economia ativa diante de tanta pausa?
nosso país é frequentemente lembrado como o lugar do Carnaval, do futebol — e dos feriados. A fama não é infundada: entre feriados nacionais, estaduais, municipais, pontos facultativos e recessos, o calendário brasileiro é repleto de pausas que impactam diretamente a economia e a produtividade.
Quantos feriados temos, afinal?
Em 2025, por exemplo, o calendário oficial conta com 9 feriados nacionais, dos quais 7 caem em dias úteis. Isso sem contar os feriados estaduais e municipais, que variam de acordo com cada localidade — em cidades como São Paulo, por exemplo, podem chegar a 12 feriados ao longo do ano.
Se somarmos aos fins de semana (104 dias por ano), mais os recessos e feriados prolongados, o brasileiro pode chegar a ter até 140 dias por ano de inatividade parcial ou total, o que representa quase 40% do calendário anual.

Impactos na economia
Os impactos econômicos dos feriados são motivo de constante debate. Segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio (CNC), cada feriado nacional pode gerar um prejuízo de até R$ 10 bilhões para o setor produtivo, especialmente na indústria e nos serviços não essenciais.
Por outro lado, setores como o turismo, hotelaria e comércio informal veem os feriados como uma oportunidade de faturamento extra, especialmente em cidades turísticas. O feriado de Corpus Christi, por exemplo, costuma movimentar mais de R$ 8 bilhões apenas com viagens e hospedagens, segundo dados do Ministério do Turismo.
Produtividade em xeque
O principal problema não está apenas na existência dos feriados, mas na forma como eles são distribuídos. Quando caem em quintas ou terças-feiras, por exemplo, é comum haver as famosas “emendas”, que acabam transformando pausas de um dia em fins de semana prolongados.
Isso gera desorganização, quedas de produtividade e impacto direto no faturamento das empresas, que precisam manter custos fixos mesmo sem operar plenamente.
A discussão vai além da economia. Os feriados também são momentos importantes de descanso, lazer e convivência social. O desafio está em encontrar um equilíbrio entre a necessidade legítima de pausas e o funcionamento pleno do país.
A pergunta que fica é: o Brasil está pronto para reorganizar sua relação com os feriados, sem abrir mão do bem-estar e sem comprometer o desenvolvimento econômico?
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